Jorge Guinle Filho (Nova Iorque, Nova Iorque, 1947 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1987)


Um dos maiores contribuintes para a pintura brasileira e figura chave da Geração 80, Jorge Guinle nasceu em Nova Iorque e viveu no Rio de Janeiro até 1955. Mais tarde mora em Paris e, posteriormente, Nova Iorque até 1965, quando muda-se para o Rio de Janeiro novamente. Até o momento em que se estabelece na antiga capital do império, Guinle já havia passado mais da metade de sua existência no exterior. Nos seus 7 anos de produção artística, criou um legado expressivo e obteve reconhecimento, sendo convidado para participar de três das cinco Bienais de São Paulo da década de 1980: a 17ª edição em 1983, a 18ª em 1985 e a 20ª em 1989. Também participou de inúmeras mostras individuais e coletivas. Guinle foi um dos mais fundamentais colaboradores na exposição Como vai você Geração 80?, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro e escreveu para o catálogo, contribuindo para o firmamento teórico do grupo.
Exímio colorista e realizador de uma pintura energética, solar e distintivamente positiva, Jorge Guinle Filho mudou permanentemente o panorama da pintura brasileira. Sua capacidade de reinterpretar as qualidades da pintura abstrata presente em outros países nas décadas de 1970 e 1980 constituiu uma obra ímpar, destacando-o entre os seus contemporâneos brasileiros. Sua pintura materializa não apenas influências matissianas e picassianas das vanguardas modernistas europeias, mas também os melhores elementos das expressões pictóricas surgidas na Europa e América do Norte nas décadas anteriores. Suas cores são díspares às do neoexpressionismo norte americano, e das propostas abstratas europeias como as do grupo alemão Die Wilde e italiano transvanguardia. Seu gesto compositivo expressa “uma agitação feroz e bem-humorada” como notou o crítico Ronaldo Brito. Espirituosos, os títulos de suas obras exercem a função de adicionar ao dinamismo de suas pinceladas e unem o fluxo de ideias à fluidez de suas composições. Por sua vez, suas investidas cromáticas compuseram pela contiguidade e sobreposição — parte de sua técnica positiva, produzida através da adição de elementos e camadas. Guinle nunca fazia esboços para suas pinturas, sua técnica organizava-se através do gesto, através do qual apreendia as ideias e os seus redores na pintura, promovendo “um permanente estado de apreensão”, nas palavras de Christina Bach.

EN

One of the most significant contributors to Brazilian painting and a key figure of the Geração 80 movement, Jorge Guinle, was born in New York and lived in Rio de Janeiro until 1955. He later resided in Paris, and then in New York until 1965, at which point he moved back to Rio de Janeiro. By the time he settled in the former imperial capital, Guinle had already spent more than half of his life abroad. During just seven years of artistic production, he built up an impressive legacy and gained critical recognition through being invited to take part in three of the five São Paulo Biennials of the 1980s: the 17th edition in 1983, the 18th, in 1985 and the 20th in 1989. He also took part in numerous solo and group exhibitions. Guinle was one of the most fundamental contributors to the exhibition Como vai você Geração 80? (How Are You, Geração 80?), at the School of Visual Arts at Parque Lage, Rio de Janeiro and wrote a portion of the exhibition catalog, contributing to the group's theoretical foundation.

A masterful colorist and the creator of an energetic, solar, and distinctly positive painting practice, Jorge Guinle Filho permanently changed the landscape of Brazilian painting. His ability to reinterpret the qualities of abstract painting present in other countries in the 1970s and 1980s set his work apart, distinguishing him among his Brazilian contemporaries. His paintings materialize not only Matissian and Picassian influences from the European modernist avant-garde, but also some of the most striking elements of the pictorial expression that emerged in the previous decades in Europe and North America. His use of colors are markedly different from those of American Neo-Expressionism and European abstract movements, such as the German group Die Wilde and Italian Transvanguardia. His compositional gestures expressed “a fierce and humorous agitation,” as critic Ronaldo Brito noted. The witty titles of his works add to the dynamism of his brushstrokes and unite his flow of ideas with the fluidity of his compositions. In turn, his colorful strokes were composed through contrast and overlap – part of his positivistic technique, produced through the addition of elements and layers. Guinle never sketched out his work before paintings. His technique was gestural, which allowed him to grasp both ideas and his surroundings in his paintings, leading to “a permanent state of apprehension,” in the words of Christina Bach.


© 2025 / GALERIA DANIELIANRJ
Rua Major Rubens Vaz, 414
Gávea, Rio de Janeiro / RJ

Seg–Sex [Mon–Fri] 11h–19h
Sáb [Sat] 11h–15h

+ 55 21 2522-4796
contato@danielian.com.br
SP
Rua Estados Unidos, 2114
Jardim Paulista, São Paulo / SP

Seg–Sex [Mon–Fri] 11h–19h
Sáb [Sat] 11h–15h

+55 11 99928-0501
sp@danielian.com.br