Ismael Nery: crônica e sonho
28.08—18.10.2025
Curadoria Tadeu Chiarelli
/ SP
A obra de Ismael Nery (1900-1934) foi divulgada como uma das raras manifestações do surrealismo no Brasil, sendo que alguns não se vexaram em colocar no artista a alcunha de “nosso Marc Chagall”. Não resta dúvida de que Nery constituiu uma poética em diálogo com o simbolismo e o surrealismo e, nessa interlocução, a produção de Chagall foi um parâmetro importante. Mas não apenas.

Resumir Nery a um mero seguidor do artista nascido na atual Bielorrússia é diminuir sua importância e originalidade. Sua produção dialoga com Chagall, é claro, mas igualmente com outros artistas, como o Picasso clássico e outros nomes ligados ao surrealismo e mesmo ao decadentismo do século 19, ainda vigoroso na Europa durante as primeiras décadas do século passado.


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Vicentes — Monteiro: Entre Recife e Paris
(1899–1970)
08.05—05.07.2025 / SP 
07.08—18.10.2025 / RJ
Curadoria Paulo Bruscky
/ SP—RJ
Esta exposição do múltiplo artista Vicente (Paulo) do Rego Monteiro (1899-1970) abrange um recorte da sua produção diversificada e pioneira, como a pintura, o desenho, poemas, poesia visual, livro de artista, fotografia, textos e edições da sua La Presse à Bras, com a qual editou livros primorosos, principalmente no aspecto tipográfico, considerado um dos mais importantes da história das artes gráficas brasileiras. Em consonância com o crítico de arte Walter Zanini, reitera- se, nesta exposição, a ancoragem de Vicente como um dos mais importantes artistas da história da arte brasileira e internacional no século 20. Ao pesquisar a correspondência de Vicente com o galerista Carlos Ranulpho, encontrei, em uma das cartas (datada Barra/RJ, 07 de março de 1970), a solicitação do artista pela sua certidão de nascimento, na qual menciona “meu nome na certidão de batismo (Igreja da Boa Vista) é Vicente Paulo do Rego Monteiro”.

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Rosina Becker do Valle — Verde que te quero ver-te
22.05—19.07.2025
Curadoria Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto
/ RJ
Ver o novo, algumas vezes, é apenas um exercício de despir o olhar. As obras de Rosina Becker do Valle nos fazem esse convite. Sua trajetória pessoal e artística ilustra características e desafios que fizeram parte da arte brasileira ao longo do século XX e são fundamentais na estruturação de um pensamento contemporâneo múltiplo e diverso. 

Nas primeiras quatro décadas de sua vida, Rosina dedicou-se aos cuidados da família e da casa, situação recorrente em sua época. Apesar de uma relação íntima com o desenho desde jovem, foi apenas a partir de 1954 que Rosina mergulhou na pintura como expressão de sua criatividade, através das aulas com Ivan Serpa no MAM-RJ. Esse despertar tardio de um potencial artístico latente foi comum e ocorreu com outras artistas mulheres a partir da segunda metade do século XX, como é o caso de Grauben do Monte Lima, Lucia Laguna, Tomie Ohtake, entre outras.

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Visconti e Renoir — 150 anos de impressionismo
07.11—14.12.2024 / RJ
15.02—05.04.2025 / SP 
Curadoria Denise Mattar 
/ RJ—SP
A primeira exposição dos artistas que seriam conhecidos como impressionistas aconteceu em Paris em 1874. Entre eles estavam Claude Monet, Auguste Renoir, Edgar Degas e Berthe Morisot. Audaciosos, eles se posicionavam contra as regras da Academia: pintavam ao ar livre, usavam cores claras, abordavam temas do cotidiano e eram atentos à percepção dos efeitos da luz natural e do movimento. 

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Ozias26.10—20.12.2024Curadoria Jacopo Crivelli Visconti
/ SP
O artista escolhido para a terceira exposição do projeto Os Futuros Grandes da Arte Naif, desenvolvido pelo MIAN - Museu Internacional de Arte Naif do Brasil a partir de maio de 1996, não poderia ter sido melhor indicado. Se eu tivesse que escolher um protótipo de pintor naif, teria recomendado o nome de Ricardo de Ozias sem hesitar. Ele reúne em si todos os ingredientes presentes num bom número de pintores naifs brasileiros.

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Abstrações Utópicas          
08.12.2023—18.02.2024 / RJ 
29.06—31.08.2024 / SP 
Curadoria Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto
/ RJ—SP
A arte do pós-guerra se viu compelida a construir novas utopias a partir do fracasso dos projetos iniciais modernistas. As pesquisas abstratas se desenvolveram em diferentes lugares como resposta a essas necessidades. A migração de artistas e pensadores do velho mundo para às Américas pulverizou uma hegemonia europeia de séculos e transformou ambientes e trajetórias.  Além disso, as inovações industriais mudaram definitivamente as relações de criação, produção e consumo. 

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OCUPAÇÃO MULHERIO  
08.08—05.10.2024Curadoria Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto/ RJ
 A pesquisa e a vontade de reunir artistas mulheres de diversas gerações e vibrações deu origem, em 2022, à exposição MULHERIO. O título resgatou o nome deste importante periódico feminista dos anos 1980 para provocar sobre o “corpo” feminino a partir de diferentes visões e poéticas.  

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Paulo Pedro Leal (1894-1968): Elegia dos detalhes  
02.04—11.05.2024Curadoria Lilia Schwarcz/ SP
Figura retilínea, magra, de olhar um tanto vago. Era assim que os repórteres descreviam Paulo Pedro Leal, que viveu entre o período do pós-abolição (quando a República brasileira prometeu inclusão, mas entregou exclusão social), e o contexto da Ditadura Militar, tendo falecido em 1968. Como ocorre com muitas pessoas negras, as informações sobre a sua trajetória são imprecisas e cheias de lacunas. Essas são políticas de apagamento da memória que uma exposição como esta pretende contribuir para que sejam retomadas vidas, como a de Paulo Pedro Leal, muitas vezes perdidas no silêncio dos arquivos e dos registros incompletos.

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Jorge Guinle – Uma pincelada certa vale mais do que uma boa ideia
15.09 – 04.11.2023Curadoria Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto
/ RJ
Como uma antena parabólica, Jorge Guinle atua nas frestas da história da arte. Nascido em Nova Iorque, e intercalando períodos de sua vida entre Paris, Rio de Janeiro e sua cidade natal, desenvolveu, a partir dos anos 1960, uma produção artística impregnada por um olhar habituado aos museus e um impulso criativo voraz. Nas fronteiras entre a utopia moderna em ruínas, o expressionismo abstrato e o universo pop, Guinle criou um corpo pictórico de tensão e mistério. No espaço bidimensional da tela, gestos, grafismos e sombras figurativas convivem na harmonia do caos. Neste campo minado, onde a arte expressa o seu tempo, o artista corporifica as pontes entre a história, a inquietação do presente e as projeções de um futuro ainda em estado líquido. 


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Nicolau Facchinetti — PAISAGENS IR-REAIS
28.06.2023—12.08.2023Curadoria Denise Mattar 
/ RJ
Nascido em Treviso, Facchinetti estudou arte em Veneza, chegando ao Brasil em 1849. Seu início foi difícil e ele lutou muito para ser aceito pela Academia Imperial de Belas Artes. Não apenas conseguiu, como veio a tornar-se um dos paisagistas preferidos da Corte, criando belas imagens como a baía da Guanabara matizada de rosa e dourado, as edificações românticas nas praias do Flamengo, Botafogo e Niterói, e alimentando a visão europeia de uma nova civilização que surgia nos Trópicos - estratégia muito cultivada por D Pedro II e sua imperatriz, a napolitana Teresa Cristina. 

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