Ismael Nery: crônica e sonho
28.08 – 18.10.2025
Curadoria Tadeu Chiarelli
Ismael Nery: crônica e sonho
A obra de Ismael Nery (1900-1934) foi divulgada como uma das raras manifestações do surrealismo no Brasil, sendo que alguns não se vexaram em colocar no artista a alcunha de “nosso Marc Chagall”. Não resta dúvida de que Nery constituiu uma poética em diálogo com o simbolismo e o surrealismo e, nessa interlocução, a produção de Chagall foi um parâmetro importante. Mas não apenas.
Resumir Nery a um mero seguidor do artista nascido na atual Bielorrússia é diminuir sua importância e originalidade. Sua produção dialoga com Chagall, é claro, mas igualmente com outros artistas, como o Picasso clássico e outros nomes ligados ao surrealismo e mesmo ao decadentismo do século 19, ainda vigoroso na Europa durante as primeiras décadas do século passado.
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Gabriel Giucci – Amazoceno
22.05 – 19.07.2025
Curadoria Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto
Gabriel Giucci – Amazoceno
“A história também tem horizontes.”
Pedro Pinchas Geiger
Qual é o tempo em que vivemos? Sob que medida, definimos o passado como aquilo que já aconteceu se sempre que contamos uma história estamos transformando-a no presente. Entre fluxos e temporalidades, Gabriel Giucci vem ao longo dos últimos anos pensando em sua produção no contexto contemporâneo através de uma narrativa que mescla, de maneira livre mas fundamentada, fatos e relatos com as suas inquietações e imaginações.
A série “Amazoceno” representa seu mergulho na fauna brasileira para elaborar uma espécie de “pré-história”, anterior à presença e à ação humana, que nos provoque a pensar na nossa relação com o meio ambiente. Os animais, personagens principais dessa era imaginária que toma a Amazônia como projeção de uma natureza ancestral, são representados em sua escala próxima ao real, sem a dramatização de expressões ou a atribuição de aspectos psicológicos. O protagonismo das figuras revela o interesse do artista em estabelecer o contato direto, individual, entre nós e estes seres, para percebermos como somos também parte integrante desta fauna. Não à toa, os animais estão entre os principais temas nas pinturas rupestres, já que identificar o outro é uma forma de também nos enxergarmos.
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Rosina Becker do Valle – Verde que te quero ver-te
22.05 – 19.07.2025
Curadoria Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto
Rosina Becker do Valle –
Verde que te quero ver-te
Ver o novo, algumas vezes, é apenas um exercício de despir o olhar. As obras de Rosina Becker do Valle nos fazem esse convite. Sua trajetória pessoal e artística ilustra características e desafios que fizeram parte da arte brasileira ao longo do século XX e são fundamentais na estruturação de um pensamento contemporâneo múltiplo e diverso.
Nas primeiras quatro décadas de sua vida, Rosina dedicou-se aos cuidados da família e da casa, situação recorrente em sua época. Apesar de uma relação íntima com o desenho desde jovem, foi apenas a partir de 1954 que Rosina mergulhou na pintura como expressão de sua criatividade, através das aulas com Ivan Serpa no MAM-RJ. Esse despertar tardio de um potencial artístico latente foi comum e ocorreu com outras artistas mulheres a partir da segunda metade do século XX, como é o caso de Grauben do Monte Lima, Lucia Laguna, Tomie Ohtake, entre outras.
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Vicentes – Monteiro: Entre Recife e Paris (1899–1970)
08.05 – 05.07.2025
Curadoria Paulo Bruscky
Vicentes – Monteiro: Entre Recife e Paris (1899–1970)
Esta exposição do múltiplo artista Vicente (Paulo) do Rego Monteiro (1899-1970) abrange um recorte da sua produção diversificada e pioneira, como a pintura, o desenho, poemas, poesia visual, livro de artista, fotografia, textos e edições da sua La Presse à Bras, com a qual editou livros primorosos, principalmente no aspecto tipográfico, considerado um dos mais importantes da história das artes gráficas brasileiras. Em consonância com o crítico de arte Walter Zanini, reitera- se, nesta exposição, a ancoragem de Vicente como um dos mais importantes artistas da história da arte brasileira e internacional no século 20. Ao pesquisar a correspondência de Vicente com o galerista Carlos Ranulpho, encontrei, em uma das cartas (datada Barra/RJ, 07 de março de 1970), a solicitação do artista pela sua certidão de nascimento, na qual menciona “meu nome na certidão de batismo (Igreja da Boa Vista) é Vicente Paulo do Rego Monteiro”.
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Absurdos servidos no jantar
07.11 — 18.01.2025
Curadoria Paulo Azeco
Absurdos servidos no jantar
A exposição coletiva Absurdos Servidos no Jantar convida o público a refletir sobre a complexidade do existir, inspirando-se na teoria do absurdo cunhada pelo filósofo francoargelino Albert Camus. A mostra reúne artistas de diferentes gerações e linguagens para investigar como os paradoxos da existência se infiltram na normalidade cotidiana, tensionando o desejo humano por ordem, propósito e felicidade diante da indiferença do mundo natural e social.
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Renoir e Visconti – 150 anos de impressionismo
15.02 – 05.04.2025
Curadoria Denise Mattar
Renoir e Visconti –
150 anos de impressionismo
A primeira exposição dos artistas que seriam conhecidos como impressionistas aconteceu em Paris em 1874. Entre eles estavam Claude Monet, Auguste Renoir, Edgar Degas e Berthe Morisot. Audaciosos, eles se posicionavam contra as regras da Academia: pintavam ao ar livre, usavam cores claras, abordavam temas do cotidiano e eram atentos à percepção dos efeitos da luz natural e do movimento.
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Renoir e Visconti – 150 anos de impressionismo
07.11 – 14.12.2024
Curadoria Denise Mattar
Renoir e Visconti –
150 anos de impressionismo
A primeira exposição dos artistas que seriam conhecidos como impressionistas aconteceu em Paris em 1874. Entre eles estavam Claude Monet, Auguste Renoir, Edgar Degas e Berthe Morisot. Audaciosos, eles se posicionavam contra as regras da Academia: pintavam ao ar livre, usavam cores claras, abordavam temas do cotidiano e eram atentos à percepção dos efeitos da luz natural e do movimento.
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Daniel Lannes – Entre poses
07.11 — 18.01.2025
Curadoria Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto
Daniel Lannes – Entre poses
Qualquer arte é uma revelação. Vem do rasgo, da abertura e da publicação daquilo que habita o íntimo do seu criador, que irrompe do organismo como parto, como suor, como a materialização de um pensamento ou como sonho e utopia. Vasculhar-se é operação rotineira na vida do artista. Expor, se expor, é o ato mais corajoso de uma entrega ao desconhecido, às críticas e aos louros de olhares alheios às suas verdades. E, hoje, quando a subjetividade é negociada como moeda de barganha entre influencers e celebridades que explanam suas vidas inventadas, esse oferecer-se desnudado ao público através de suas obras se mostra como diferencial dos artistas que vivem e sentem a sua arte.
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Ozias26.10 — 20.12.2024Curadoria Jacopo Crivelli Visconti
Ozias
O artista escolhido para a terceira exposição do projeto Os Futuros Grandes da Arte Naif, desenvolvido pelo MIAN - Museu Internacional de Arte Naif do Brasil a partir de maio de 1996, não poderia ter sido melhor indicado. Se eu tivesse que escolher um protótipo de pintor naif, teria recomendado o nome de Ricardo de Ozias sem hesitar. Ele reúne em si todos os ingredientes presentes num bom número de pintores naifs brasileiros.
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Abstrações Utópicas
29.06 – 31.08.2024Curadoria Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto
Abstrações Utópicas
A arte do pós-guerra se viu compelida a construir novas utopias a partir do fracasso dos projetos iniciais modernistas. As pesquisas abstratas se desenvolveram em diferentes lugares como resposta a essas necessidades. A migração de artistas e pensadores do velho mundo para às Américas pulverizou uma hegemonia europeia de séculos e transformou ambientes e trajetórias. Além disso, as inovações industriais mudaram definitivamente as relações de criação, produção e consumo.
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