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NICOLAU FACCHINETTI (1824 - 1900)

PAISAGENS IR-REAIS

Nascido em Treviso, Facchinetti estudou arte em Veneza, chegando ao Brasil em 1849. Seu início foi difícil e ele lutou muito para ser aceito pela Academia Imperial de Belas Artes. Não apenas conseguiu, como veio a tornar-se um dos paisagistas preferidos da Corte, criando belas imagens como a baía da Guanabara matizada de rosa e dourado, as edificações românticas nas praias do Flamengo, Botafogo e Niterói, e alimentando a visão europeia de uma nova civilização que surgia nos Trópicos - estratégia muito cultivada por D Pedro II e sua imperatriz, a napolitana Teresa Cristina. 

 

O artista também realizou pinturas extraordinárias de Teresópolis, Petrópolis, da Serra dos Órgãos e do Rio Paquequer, e, quase sempre por encomenda, pintou várias fazendas no interior fluminense, registrando, sem hesitar, o estrago que o cultivo indiscriminado fazia na paisagem. 

 

Facchinetti dava muita importância ao fato de pintar ao vivo, e, quase sempre, registrava no verso de suas telas como, quando, e porque as fizera. Apesar de se preocupar com a verossimilhança, seu olhar operava de forma muito peculiar. Ele escolhia pontos de vista panorâmicos, quase cenográficos, aos quais acrescia um olhar detalhista que chegava à miniatura. Eram paisagens reais, concebidas de modo irreal.

 

Abrindo as comemorações do bicentenário de nascimento de Facchinetti, a Danielian Galeria resgata nessa exposição um conjunto significativo de obras do artista, que, no século XIX, foi um dos artífices da imagem do Rio de Janeiro como uma cidade encantada e mágica, a cidade maravilhosa - que cabe a nós recuperar!

Denise Mattar

Curadora

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